quarta-feira, 11 de junho de 2008

História da REIA-GO

Por Yêda Marquez*
jornalista e educadora
yedasm@hotmail.com

Desde os primórdios da nossa civilização os seres humanos sentiram a necessidade de se agrupar e isso por diversas razões: o fortalecimento dos coletivos, a busca de proteção e até mesmo a possibilidade multiplicada de realização de obras.

Os avanços tecnológicos e as facilidades trazidas pelos meios de comunicação sofisticaram essas relações, possibilitando o surgimento de associações e cooperativas até as atuais redes que são sistemas cujo propósito é o entrelaçamento de pessoas, saberes e informações. Nesse contexto e na velocidade imposta pela internet, as redes temáticas vêm proliferando no mundo, ancoradas por diferentes interesses, sejam de ordem religiosa, acadêmica, econômica, social, cultural e outros.

Da mesma forma que esses grupos passaram a se integrar, também os envolvidos de algum modo com a Educação Ambiental buscaram essa conectividade que lhes permite, com maior eficácia, interagir com os outros, obter e repassar informações, trocar experiências, compor listas de discussão, se comunicar, enfim.

As redes oferecem essas perspectivas potencializadas unicamente pela participação pessoal e cabe aos facilitadores o papel de promover esses espaços de convivência, respondendo às demandas de conectividade e articulação social.

A Rede Brasileira de Educação Ambiental – REBEA- inspirou a criação de outras tantas em diversas localidades pelo país; Goiás não fugiu à regra e em setembro do ano passado, um grupo de educadores ligados a uma ONG (Instituto Goyá) e a um projeto de educação ambiental mantido pelo governo do Estado (Escolinha do Saneamento Washington Novaes), lançou a Rede de Educação e Informação Ambiental – REIA-GO.

A apresentação aconteceu durante o I Encontro Estadual de Educação e Informação Ambiental – preparatório para o V Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, ambos realizados em Goiânia, com o apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente de Goiás.

Durante o evento foram distribuídas 450 fichas de inscrição que identificaram 380 interessados, dos quais 78% são mulheres, sendo 38% profissionais (professoras, geógrafas, biólogas, pedagogas, jornalistas e agrônomas) que atuam em projetos de educação ambiental, nas esferas governamental e da iniciativa privada (empresas e ongs).

Os 22% que se referem aos homens e distribuem-se do seguinte modo: 17% são profissionais (biólogos, geógrafos, pedagogos e professores de educação física e música) trabalhando em atividades ligadas à educação ambiental. Do total de pessoas pesquisadas, 55% são estudantes das áreas de geografia, jornalismo, pedagogia, história, ciências sociais, biologia, direito e turismo.
O lançamento da REIA foi apoiado pela SEMARH, naquela época, com a promessa de recursos para a produção de um boletim impresso, criação de um site e promoção de curso para facilitadores. A atual gestão, alegando outras prioridades, retirou o apoio às ações que previam inclusive o fortalecimento da rede, através da realização do II Encontro Estadual de Educação e Informação Ambiental e VII Encontro de Educadores da Bacia do João Leite.

*Escrito em 27 de outubro de 2005.

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